domingo, 3 de agosto de 2014

A Roupa do Corpo



Quantas peles temos?
Quantas possibilidades de expressão perdemos?

Outra feita me peguei pensando em quantas cores tem os gemidos de peles que se esfregam num frenesi infinito... Talvez cor de céu feliz com a lambida do sol ou intenso como clarões de relâmpagos espasmáticos numa tempestade de verão.

Tolice pensar que sexo está centralmente ligado a corpo, membros e seus tamanhos ou mesmo às formas instantaneamente prontas de pegar, enfiar, como tantas vozes ecoam por aí...

Há algo mais sagrado que sentir a Vida a sair pelos poros de outra pessoa que, de encontro aos nossos, se expõe, se entrega, se perde, se adentra reencontrando-se?

Viva a arte do encontro... Das cores indecifráveis de nossas peles...
E das conjugações do verbo Permitir-se!!!

Dedicado a H. P.



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